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sexta-feira, 29 de março de 2013

Palavras de um Cardeal


Sexta-feira, 29 de março de 2013, 08h57

Também por nós foi crucificado...

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo


Arquivo pessoal
''A Igreja está no mundo para testemunhar a fé completa sobre Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador'', destaca Dom Odilo
Na Semana Santa do Ano da Fé somos convidados a confrontar-nos com os vários “Mistérios da Fé” celebrados nesses dias abençoados. Pensando bem, boa parte da nossa Profissão de Fé (Credo) está relacionada estreitamente com as celebrações da Semana Santa e da Páscoa. É um motivo a mais para que a vivamos intensamente, deixando-nos envolver por Deus, que veio ao nosso encontro de maneira tão misericordiosa salvadora.

Em nossa fé cristã católica professamos que Deus enviou ao mundo seu único Filho, Jesus Cristo para nos salvar. Em tudo, o Filho assumiu a nossa condição humana, menos no pecado; São Paulo bem recorda que o pecado nunca dominou sobre Ele. Salvar, significa dar sentido pleno à nossa existência e a participação na felicidade completa; isso somente Deus pode nos dar. O Filho, feito homem, acolheu a todos nós em sua santa humanidade, mostrou a luz de Deus para que possamos viver iluminados pela verdade e ele mesmo se fez para nós o caminho, a verdade e a vida.

Poderia Deus realizar o seu desígnio a nosso respeito – de vida plena para todos – sem que o Filho passasse pela contradição da condição humana, o sofrimento e a morte, como experimentam todos os descendentes de Adão e aqueles que procuram nesta vida ser fiéis a Deus?  Queria Deus Pai o sofrimento de seu Filho? Este é um grande mistério e não cabem aqui respostas fáceis e superficiais. Mas é certo que Deus não quer o sofrimento para ninguém, muito menos o quis para seu amado Filho.

O fato é que Jesus Cristo, na sua condição humana, permaneceu fiel a Deus e à sua missão, não obstante as ameaças e perseguições. E Deus Pai aceitou esta radical “obediência” de Cristo: “obediente até à morte e morte de cruz” (Fl 2,8). Nessa total fidelidade a Deus, Ele nos deu o exemplo, para que sigamos os seus passos e permaneçamos fieis a Deus sempre; nada deve ser colocado acima dessa total fidelidade a Deus. Ao meu ver, o mistério da cruz de Cristo só se explica pela sua total comunhão com Deus Pai, que teria sido rompida se Jesus entrasse no jogo das conveniências humanas ou do medo. Ele não seguiu o “politicamente correto” para salvar a própria pele. Muitíssimos, a seu exemplo, também enfrentaram todo tipo de desprezo e discriminação por causa da “verdade”. Tantos morreram mártires, como o próprio Jesus.

Nossa fé católica em Jesus Cristo não nos permite escolher apenas algum aspecto de sua pessoa ou de seu ensinamento, que mais nos agrade. E a Igreja está no mundo para testemunhar a fé completa sobre Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. É a fé pascal em Cristo ressuscitado, que triunfou sobre o pecado, o ódio e a morte; somos as testemunhas de sua ressurreição e isso constitui um ousadíssimo aspecto de nossa profissão de fé.

Mas isso não nos pode levar a esquecer a cruz de Cristo. É uma tentação insidiosa, apresentar ao mundo apenas o Cristo glorioso, sem referência ao Cristo crucificado. A tendência humana de fugir da cruz pode levar à busca de uma religião fácil e “politicamente correta”, onde só há “vantagens” e nenhuma escolha difícil ou renúncia. Jesus não ensinou um Cristianismo sem necessidade de conversão, sem cruz, sem colocar o reino de Deus como centro de referência para a vida do homem e do mundo. O seu caminho para a vida plena e para a participação na glória de Deus passa pela cruz.

O papa Francisco, na sua primeira missa com o colégio Cardinalício no dia 14 de março, ainda na Capela Sistina, observou que a Igreja, deixando de lado Jesus Cristo crucificado, tornar-se-ia apenas uma “ONG piedosa”... Falando aos jovens, no Domingo de Ramos, convidou-os a tomarem, com ele, o caminho para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro e encorajou-os a não terem vergonha da cruz de Cristo e a abraçarem com coragem a própria cruz, no seguimento de Cristo.

Quando professamos nossa fé, lembremos sempre que a graça de nossa “liberdade de filhos de Deus” custou “um preço muito alto” (cf 1Cor 6,20): nada menos que o sofrimento, o sangue derramado e a morte do Filho de Deus feito homem! Celebrando a Páscoa, agradeçamos por tão grande presente! E em tudo sejamos fiéis a Deus também nós, como foi nosso Salvador.

Por: cancaonova.com

domingo, 24 de março de 2013

Até a a Confirmação

Jovens  crismandos da Catedral de Nossa Senhora do Rosário em Penedo, participam neste final de semana do Retiro Espiritual de preparação para receberem o Sacramento da Confirmação- Crisma. O Centro Pastoral de Nossa Senhora Auxiliadora, das Irmãs Salesianas, foi um espaço do encontro deste jovens com uma experiência de espiritualidade profunda, nestes momentos que antecedem a celebração. Rezemos por estes nosso jovens, para que confirmando a sua fé, sejam verdadeiros discípulos e missionários de Jesus.

Papa Francisco encontra-se com o Papa Emérito Bento XVI


Encontro histórico

Igreja presencia encontro histórico entre dois Papas
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa Emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia, Francisco se dirigiu de helicóptero à pequena cidade para o encontro com o Papa Emérito onde almoçaram juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.
Papa Francisco encontra-se com Bento XVI
Um encontro histórico entre dois Papas da Igreja Católica. (Foto: L’OSSERVATORE ROMANO )
Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo e foi acolhido pelo Papa Emérito Bento XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.
Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15, hora de Roma. O Santo Padre estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb.
papas em oração
Os dois Papas rezando em uma capela da Residência Pontifícia de Castel Gandolfo. (Foto: L’OSSERVATORE ROMANO )
Logo após a aterrissagem, Bento XVI se aproximou do Papa Francisco e o acolheu com um “belíssimo” abraço, disse Pe. Lombardi. Na Residência Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração.
Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco, mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para a Biblioteca privada, e por volta das 12h30, teve início o encontro reservado que durou cerca de 45 minutos.
Padre Lombardi destacou ainda que o Papa Emérito estava vestindo uma simples batina branca, sem faixa e sem capa. Já o Papa Francisco vestia uma batina branca com faixa e capa papal.
Padre Lombardi disse também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com um ícone de Nossa Senhora da Humildade. “Esta Nossa Senhora é a da Humildade, e eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, explicou Papa Francisco a Bento XVI.
Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.
Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”.
Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro disse “Rezemos pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.
Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano.